Por Mayara Barbosa

Sabe aquela avozinha que é cheia de histórias para contar e todos os filhos se reúnem para pensar em um presente diferente?

Ou aquele professor que é muito querido por todos ou um colega de trabalho que já viveu experiências incríveis?

Você poderá contratar um jornalista para fazer a biografia dessa pessoa. Muito comum em São Paulo, agora trarei esse tipo de serviço ao Vale do Paraíba.

Tudo começa com uma reunião durante a qual traçaremos os primeiros nortes do livro e listaremos todas as pessoas que seriam entrevistadas.

Depois se iniciará o processo de pesquisa em álbuns de família, diários e todo o material que fornecer informações interessantes sobre o biografado. Em paralelo, começarão também as entrevistas e, posteriormente, a redação, que tem como base o jornalismo literário.

Os contratantes participarão de cada passo na produção da obra e na aprovação dos textos e da arte do livro, bem como das escolhas das fotos que irão compor o projeto.

Com certeza, este será um presente inesquecível para o personagem central da história e para amigos e familiares.

Conheça mais este projeto tirando dúvidas pelo e-mail: may_almeida@hotmail.com.

Veja algumas fotos ilustrativas:

Ela é uma campeã da natação. Recordista, batalhadora, filha, esposa e tudo mais quanto sua agenda conseguir organizar. Essa é a joseense Fabíola Molina, que aos 36 anos é a nadadora de mais destaque no Brasil.

Mas porque será que nossas vidas se cruzaram?

Quando decidi escrever uma biografia em meu Trabalho de Conclusão de Curso, Fabíola foi uma das personagens que me encheram os olhos. Um jornalista sabe quando uma trajetória de vida renderá uma boa história!

E foi assim, depois de horas de entrevistas, pesquisas e redação que nasceu meu primeiro livro: “Fabíola Molina: um Mergulho na vida”.

A obra, além da participação da biografada, familiares, amigos e tantas outras fontes, teve a orientação da jornalista e Dra. Prof. Eliane Freire, da jornalista Areta Braga, autora do texto de orelha, e do jornalista Carlos Abranches, autor do prefácio.

Confira algumas fotos:

Esse é o texto que escrevi para o Curso Abril de Jornalismo 2012. Em 18 de novembro participei da 2ª fase do processo seletivo: a entrevista. Agora, é esperar o resultado.

Quem sou eu e porque decidi fazer jornalismo?

por Mayara Barbosa

Se você, leitor, olhasse no espelho conseguiria definir precisamente quem é? Eu, não. O que vejo são apenas olhos escuros, um cabelo comprido preto, a pele morena e as unhas cor de ameixa. É por isso que resolvi reservar alguns minutos do meu dia para refletir sobre a questão, revivendo assim lembranças há muito intocadas.

Descobri que sou aquela menininha que amava vestir o uniforme suado do pai quando ele chegava a nossa casa depois de um dia cheio de trabalho, menina que amava tomar Coca-Cola na mamadeira, usar chuquinhas, dançar lambada e cujo cérebro logo cedo percebeu que apenas dois potinhos de papinha ou de iogurte não são suficientes para matar a fome, que as histórias mais interessantes para ouvir antes de dormir não estavam em livros sobre princesas e cavalos brancos, mas nos livros de receita, que chupar toda a poupa da azeitona era melhor do que morder, que chocolate Kinder Ovo só era legal por causa dos brinquedos e que quando cortamos o cabelo de uma boneca, ele não crescerá novamente.

Também me lembrei da criança que odiava palhaços e machucados, se divertia assistindo a Tartarugas Ninja, Power Rangers e comendo verduras e legumes. A filha única por oito longos anos que recorria ao pai para brincar de casinha, salão de cabeleireiro e de caixa de supermercado. Tudo com direito a sucos e bolos de plantas, maquiagem roxa, penteados rebuscados e dinheiro de mentirinha.

Não demorou muito para que minha mente também fosse invadida por imagens de uma adolescente anormal como todos os outros, que sofreu com paixonites agudas, achou que os pais a odiavam, que a canção de sua vida era “Não dá para não pensar em você”, de Sandy e Junior, e que o mundo iria acabar em roupas e sapatos. Para minha sorte, essa fase logo acabou.

Assim, minhas lembranças deram lugar para a garota quase adulta que tinha uma árdua tarefa: escolher sua profissão. Mas seria isso fácil? Logicamente, não. Por isso, a melhor maneira era fazer uma lista de preferências. Vi então que amava ler e assistir a filmes de ficção científica, desastres naturais, guerra e conspirações políticas. Mas que não tinha nenhum talento para ser cientista, meteorologista ou soldado. Vi que qualquer assunto sobre o universo e as estrelas me encantava, que história, geografia e português eram minhas matérias preferidas e que minha boca não conseguia ficar fechada por nada, mas nada mesmo.

Notei também que não importava a situação, eu sempre tinha uma opinião e um ponto de vista para fornecer e uma propensão, quase suicida, de sair em defesa dos amigos e que preconceito e desigualdade são as piores palavras do mundo. Aprendi ainda que, para a nossa saúde, existem músicas de Chico Buarque, Elis Regina e Caetano Veloso, mas que melhor ainda é poder ouvir também um samba quando se está em um churrasco, um rock no pub mais badalado da cidade, um axé na praia, uma moda de viola com o seu avô e Elton John em cerimônias de casamento – gosto é gosto e a diversidade é sempre um sinal de democracia.

Lembrei-me ainda da menina da quinta linha, a qual aprendeu que nada precisa continuar como está e que nem sempre a primeira versão é a verdade. E, às vezes, nem a segunda e nem terceira. Ou ainda que a verdade pode ser todas elas. Como então viver com tudo isso? Havia apenas uma alternativa: o jornalismo. Um ofício feito de palavras vivas, de falas transformadoras e de imagens inesquecíveis, que desperta um dependência, quase uma relação de senhor e vassalo, na qual não existe hora ou dia para se esquecer do que somos e devemos ser.  Uma profissão sedenta de amantes devotos e dedicados.

Encerro então, caro leitor, dizendo que hoje sou a profissional cujas vontades, objetivos e história de vida estarão sempre vinculados àquilo para o que fui escolhida. Porque ser um jornalista não é uma opção, mas uma inquietude na alma, um olhar diferente, uma desconfiança e sensibilidade a mais, um jogo de cintura quase anti-heroico. Características não aprendidas, mas concebidas assim que se nasce.

Produzida durante a 28º Semana da Comunicação da Unitau, em agosto de 2008

A 28ª Semana da Comunicação (Secom) da Universidade de Taubaté disponibilizou, aos alunos e ao público em geral, nos dias 13 e 14 de agosto, uma série de atividades e palestras. Uma delas foi a Oficina de História Oral, oferecida pela professora Suzana Ribeiro, do Núcleo de Estudos de História Oral da Universidade de São Paulo (USP).

Logo no início do curso, a professora realizou uma dinâmica, para acabar com o clima de timidez e distanciamento dos participantes com o tema, na qual cada um contou um pouco sobre a história do seu nome e sobrenome.

Durante toda a oficina foi discutida a estreita relação entre a história e as várias áreas da Comunicação e a necessidade de se buscar uma nova forma de se comunicar, diferente da maneira tradicional e distante passando para um método que aproxime as pessoas. “Toda pessoa que utiliza a Comunicação na sua área pode utilizar a História Oral, gerando um conhecimento diferente, mais íntimo e mais próximo”, explicou Suzana.

 O curso também focou a necessidade que um profissional, principalmente o comunicólogo,  tem de entender o mundo atual, pois trabalha constantemente com assuntos contemporâneos e com a história para relatar e interpretar os fatos.  No caso do Jornalismo, a relação com a o tema é ainda mais forte. “Vim participar da oficina porque o Jornalismo lida com a vida das pessoas e para retirar a informação das fontes você depende da memória delas e do seu conhecimento das suas histórias de vida”, salientou a jornalista Ana Paula Abreu, ex-aluna da Unitau e participante do curso.

A coordenadora de comunicação do Sesc de Taubaté que trouxe o curso para a Secom, Consuelo Carvalho, enfatizou sua importância na Comunicação. “Quando eu fiz a oficina percebi e entendi a sua contribuição na hora de se conversar com as pessoas e na produção de grandes reportagens, já que, também sou jornalista”, ressaltou Consuelo.

Com o término da oficina, os participantes saíram satisfeitos e motivados a utilizarem na prática o que aprenderam. “A oficina foi além das minhas expectativas. Acho muito válido trazer a História Oral para o Jornalismo. Recomendo paro os alunos a oficina no ano que vem”, destacou Mariana May, aluna do 2º ano de Jornalismo.

Perfil publicado no jornal Entre Nós da Unitau em Julho de 2008

Por Mayara Barbosa

Mineirinho de Mariana, cidade histórica de Minas Gerais, o Prof. Dr. Maurílio José de Oliveira Camello, 70 anos, diretor do Instituto Básico de Humanidades (IBH), é um homem de muitas surpresas e histórias. Ele já foi padre (depois de casou), rodou o mundo, quase foi jogador de futebol, faz caricaturas, poesia, lê grego e latim, é filósofo e escritor, ou seja, haja casos para contar.

Vindo de uma família católica muito religiosa, Camello conta que, desde pequeno, já participava de atividades na igreja. “Eu não tinha força nem altura para ajudar o padre, caía quase sempre na hora da missa”.
Toda sua infância foi em Mina. E, como quase toda criança, Camello aprontava muitas travessuras. “Eu e meus amigos pegávamos a cera das velas já derretidas e colocávamos na campainha dos vizinhos, para dispará-las”, diverte-se.

Apesar das brincadeiras de meninice, aos oito anos, Camello disse aos pais que queria seguir o caminho do sacerdócio. Com 11 anos de idade, entrou para o seminário, e, com 24 foi ordenado padre.

O professor, que há 10 anos trabalha na UNITAU (Universidade de Taubaté), formou-se em Filosofia no período em que foi seminarista. Na época em que foi padre, Camello teve a oportunidade de viajar para muitos lugares. Morou três anos na Itália, época em que estudou História Cristã. Um dos locais que mais lhe traz recordações é uma pequena cidade na Suíça, onde costumava esquiar, apesar de cair muito!

Por gostar tanto de jogar futebol, enquanto ainda estava no seminário, Camello foi convidado para fazer um teste no Botafogo. Mas confessa que tem como time do coração o Atlético Mineiro.

A vida, entretanto, lhe reservava outros rumos. Na década de 70, ele desistiu do sacerdócio e acabou se casando. “Estava apresentando minha aula inaugural, havia uma mulher na platéia que acabou se interessando por mim. Costumo falar que ela me escolher”, brinca. O casamento já dura 30 anos.

Camello ressalta que já teve dias de grandes emoções em sua vida, como o dia de sua ordenação, o de seu casamento, mas diz que o do nascimento de seu filho foi uma enorme felicidade. “Não há nada mais maravilhoso do que carregar nos braços algo que é fruto seu”, conta.

Apesar de nunca ter voltado a morar em Minas Gerais, o professor diz que carrega Minas no coração e confessa que sua maior “mineirice” é um bom bate-papo. “Gosto de uma boa conversa miúda, ao pé do ouvido. Mas, infelizmente, hoje em dia, falamos muito pouco, pois as pessoas vivem sempre ocupadas.”

Com muita emoção, lembra do pai, de quem guarda ótimas lembranças e a quem considera uma grande inspiração. Em comemoração ao centenário de nascimento dele, Camello lhe dedicou um livro que escreveu: “No Tempo do Pai”.

Uma das coisas que mais gosta de fazer nas horas vagas é ler. E conta que é um grande admirador das obras e dos pensamentos de São Tomás de Aquino. O professor também tem uma mania: não consegue deixar as roupas viradas do avesso.

Grande apreciador da natureza e da vida em si, Camello ressalta a importância de observarmos com atenção o que está ao nosso redor. “As pessoas reclamam da vida, porém não fazem o menor esforço para olhar a beleza que está espalhada. Basta abrir os olhos e admirar”.

Sempre atraído pelos aspectos cômicos da vida, o professor conta que, por gostar muito de rir, e geralmente isso ocorre em situações importunas, já passou por vários momentos engraçados. E, dotado de nenhuma timidez, o professor revela que adora beijar no rosto as pessoas com quem vai falar. “Sou um beijoqueiro. Acho o beijo uma forma de expressar carinho e afeto às pessoas”, confessa.

Dotes Artísticos
Com muitos dons artísticos, Camello se emociona bastante com a arte, por ela “provocar no observador sentimentos intensos e fantásticos”. O professor conta que já se arriscou a pintar alguns quadros, mas gosta mesmo é de fazer caricaturas. Quando adolescente, em vez de prestar atenção nas aulas, ficava desenhando seus professores.

Já na música, aprecia muito a caipira e a popular, pois diz que são dotadas de grande filosofia em suas letras. “Acho que a música ‘Deixa a Vida me Levar’, do Zeca Pagodinho, fala de uma maneira muito filosófica.” Sobre outros ritmos, o professor brinca que ainda não consegui se acostumar com o estilo heavy metal.

Para o futuro, Camello tem muitas idéias e planeja, além de publicar alguns trabalhos que estão na gaveta, se dedicar a um projeto voltado para a alfabetização de adultos. “Para mim, o processo de descoberta da língua é encantador”.

Matéria feita em Junho de 2008

Jovens joseenses unem criatividade e empreendedorismo

Por Mayara Barbosa

Cidade organiza feira estimulando ações empreendedoras juvenis por meio de projetos tecnológicos, diferentes e ousados

 A atual tendência do mercado de trabalho está na busca por profissionais que possuam um perfil pró-ativo e empreendedor, capazes de criar novas alternativas de produção e consumo. E com o objetivo de formar pessoas com espírito de liderança e inovador a Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos promoveu de 24 a 27 de junho a 7ª Feira do Jovem Empreendedor Joseense.

 O tema escolhido, para este ano, foi “Visão do Futuro”, com o intuito de levar aos participantes a refletirem sobre a sustentabilidade e preservação da natureza. Na ocasião, visitantes, professores, estudantes e expositores puderam observar e aprender com trabalhos diferentes e inovadores. “Na feira estou tendo a oportunidade de conhecer vários projetos que não custam muito e podem ser utilizados no cotidiano”, frisou a aluna Débora Assumpção Cunha, uma das elaboradoras do capacete sanfona, que protege os motociclistas contra linhas cortantes e utiliza material sustentável. 

 Os projetos foram desde os mais sofisticados e elaborados até aos mais criativos. Dentre as idéias apresentadas havia disk fruta, sutiã modelador, cobertor que se divide em partes, mala com dispositivo rastreador, máquina de lavar sustentável, alarme de incêndio em ônibus, detector do nível de gás do botijão, lixeira trituradora, entre outros. 

 Ao todo foram expostos 180 trabalhos de escolas municipais e particulares, universidades, centros universitários e fundações da cidade. Cerca de 120 mil pessoas passaram pela feira e puderam, além de observar os projetos, participar de atividades culturais e apreciar uma exposição em comemoração ao centenário da imigração japonesa. A diretora do Colégio Casimiro de Abreu, Luciene Monteiro Pimentel Quintas, que participa do evento pela terceira vez, opinou sobre sua importância. “A feira é importante porque mostra um trabalho diferenciado e também é uma oportunidade dos pais escolherem uma boa escola para os filhos”, destacou Luciene.

 A Feira do Jovem Empreendedor acontece desde 2002 e seu projeto idealizador teve inicio com a realização do evento Salão dos Jovens Empreendedores em Ação, em 2000 e 2001. A organização da Feira conta, ainda, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia e da Fundação Hélio Augusto de Souza – Atendimento à Criança e ao Adolescente (Fundhas).

 Todos os trabalhos foram julgados por meio de critérios que avaliaram criatividade, impacto, inclusão social e igualdade, inovação e viabilidade econômica, ambiental e social, e têm seus resultados prolongados. “Há um retorno para os projetos selecionados visando à continuidade das ações desenvolvidas para a introdução dos alunos no mercado de trabalho”, explicou Carmen Lucia de Paula Ferreira, coordenadora geral do projeto, da Secretaria Municipal de Educação.

Primeira Matéria

8 de outubro de 2009

Essa foi a primeira matéria que produzi na faculdade! (Março de 2008)

São José dos Campos combate obesidade infantil

Por Mayara Barbosa

O aumento de crianças obesas tem sido tema de grande preocupação na região. Os dados, divulgados pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, indicam que cerca de 10% das crianças enfrentam problemas de obesidade no país. Para tentar driblar essa realidade, a Secretaria de Saúde de São José dos Campos criou o Projeto Alecrim (Alimentação e Criança mais Saudável), implantado em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade.

Coordenado pela nutricionista Elizabeth Bismarck, o programa tem por objetivo acompanhar, orientar e auxiliar o tratamento de crianças obesas de 2 a 12 anos e, ainda, a prevenção de novos casos.

A pediatra Claudia Pereira Soares, responsável pelo programa na UBS do Bairro Jardim da Granja, explica que a causa do aumento de peso infantil está nos atuais modos de vida. Os alimentos embutidos, empanados e com alto teor de gordura estão cada vez mais presentes na mesa do brasileiro. “Hoje, as pessoas não mais se preocupam em oferecer uma alimentação saudável aos filhos e a falta de tempo dos pais faz com que as crianças fiquem muito tempo sozinhas, não tendo a supervisão de um adulto na hora de se alimentarem”, afirma a especialista. 

A doutora ressalta, também, que a falta de atividades físicas na infância devido à diminuição das brincadeiras em ruas praças e parques, por causa da violência, estimula o sedentarismo infantil, contribuindo para o aumento de peso.

O projeto, criado no ano passado, compreende um sistema de triagem para verificação de problemas de saúde causados pelo sobrepeso e reuniões, nas quais os pais ou os responsáveis também participam. Os encontros, que ocorrem em período de seis meses, abordam temas que visam ensinar as crianças e os pais como se alimentarem melhor, a importância de se praticar atividades físicas e os riscos de se levar uma vida sedentária e de ter uma má alimentação.

A cada reunião, as crianças passam por um processo de pesagem e medição para serem avaliados os resultados do projeto e da reeducação alimentar.

A pediatra afirma, ainda, que a maioria das crianças consegue controlar e perder peso e compreender a importância da mudança nos hábitos alimentares. Com o término dos trabalhos, as crianças continuam o acompanhamento médico a cada dois ou três meses.